Este evento marca a terceira vez que os militares norte-americanos interceptam embarcações nas proximidades da Venezuela, em um contexto de crescente tensão entre os dois países. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou as medidas de bloqueio contra o regime de Nicolás Maduro, o que gerou uma resposta forte do líder venezuelano. Maduro afirmou que as ações de Washington representam uma campanha de agressão que varia do “terrorismo psicológico” até práticas de “corsários” que atacam navios.
A mais recente interceptação ocorreu no dia 20 de dezembro e foi considerada por Caracas um “grave ato de pirataria”, alegando que tal ato viola normas estabelecidas em tratados internacionais, incluindo a Convenção de Genebra sobre o Alto Mar e a Carta das Nações Unidas. O primeiro navio interceptado por forças dos EUA aconteceu no dia 13 e, surpreendentemente, a embarcação não constava na lista de sanções.
Após esses acontecimentos, Maduro reforçou que a Venezuela está disposta a combater as agressões em defesa de sua soberania, afirmando: “Estamos preparados para acelerar a marcha da revolução profunda”.
As ações de Trump foram anunciadas no início da semana, estabelecendo um bloqueio total a todos os navios-tanque de petróleo que se dirijam ou partam da Venezuela. O presidente norte-americano chegou a classificar o governo venezuelano como uma “organização terrorista estrangeira”, acompanhando suas ameaças com promessas de medidas severas caso Caracas não repasse aos EUA recursos e ativos considerados “roubados”.
Essa escalada de tensões é parte de uma estratégia mais ampla dos Estados Unidos para enfrentar o tráfico de drogas na América Latina, com Trump mencionando a possibilidade de ataques terrestres a redes de narcotraficantes na região.







