Preço do café arábica sobe 1,6% após EUA anunciarem tarifas de 50% sobre produtos brasileiros

Na última quinta-feira, o mercado de café arábica viu um aumento significativo de quase 1,6% em seus preços nas bolsas globais, uma reação direta ao anúncio feito pelos Estados Unidos sobre a imposição de tarifas sobre produtos brasileiros. Estes tributos, que entrarão em vigor em 1º de agosto, serão de 50% sobre todas as mercadorias provenientes do Brasil, país que desempenha um papel essencial na produção de café arábica em nível mundial.

Com a nova política comercial, os futuros de café arábica para setembro apresentaram um crescimento de 1,55%, atingindo o patamar de R$ 18 por libra-peso, o que equivale a aproximadamente R$ 38,2 mil por tonelada. Essa alta nos preços do arábica contrasta com a situação da variedade robusta, que, por outro lado, enfrentou uma queda de 3,17%, alcançando seu valor mais baixo desde maio do ano anterior,iferindo-se a R$ 20,160 por tonelada.

O presidente dos EUA, Donald Trump, justificou a imposição das tarifas em uma carta oficial, enfatizando preocupações econômicas que, segundo ele, justificam a medida. Em resposta, Luiz Inácio Lula da Silva, presidente brasileiro, declarou que o Brasil não hesitará em adotar contramedidas apropriadas sob a Lei de Reciprocidade Econômica, alertando sobre as possíveis repercussões da decisão americana.

Esses eventos não ocorrem em um vácuo. A relação comercial entre os dois países tem sido marcada por tensões, e o agronegócio brasileiro, um dos pilares da economia nacional, está no centro desse embate. O café, principal produto de exportação do Brasil, representa não apenas uma fonte de renda para milhões de produtores, mas também é cuidadosamente monitorado por seus impactos nas economias globais.

A resposta do mercado ao anúncio de tarifas evidencia a sensibilidade dos preços agrícolas a mudanças políticas e comerciais. A continua interdependência entre as economias dos EUA e do Brasil, especialmente no setor de commodities, sugere que mudanças adicionais podem ocorrer à medida que ambos os países buscam equilibrar seus interesses econômicos e comerciais. Assim, o futuro próximo pode ser crucial para o mercado de café e suas dinâmicas comerciais.

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