A Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) condena veementemente essa prática. A médica Juliana Medrado, representante da entidade, ressalta a importância de se ter cuidado ao escolher produtos específicos para a região dos olhos. Ela destaca que a área dos olhos requer atenção especial, pois os materiais utilizados na pele do corpo possuem composições diferentes daquelas recomendadas para os olhos.
Um dos problemas mais comuns causados pela utilização inadequada de colas nos cílios é a colagem das pálpebras, o que pode resultar em cegueira momentânea, devido à dificuldade de abrir os olhos. Apesar de os danos serem mais frequentes na conjuntiva e nas glândulas das pálpebras e cílios, a prática também pode levar ao surgimento de calázio, que em casos graves requer intervenção cirúrgica.
Além disso, dependendo da composição da cola, ela pode ser até mesmo cancerígena. Juliana alerta para sintomas como conjuntivite, ardência e coceira, que podem indicar problemas decorrentes da aplicação inadequada de colas nos olhos.
Para aliviar a irritação, a recomendação é aplicar água morna com um algodão e procurar imediatamente um oftalmologista. No caso de alongamento de cílios, é essencial procurar um profissional qualificado e que utilize produtos adequados. Já para os cílios postiços, é imprescindível usar colas específicas e não ultrapassar o tempo máximo de uso, que é de 24 horas.
Em suma, a mensagem que fica é a importância de se ter cautela e responsabilidade ao realizar procedimentos estéticos nos olhos, pois as consequências de práticas inadequadas podem ser graves e irreversíveis. O ideal é sempre buscar orientação profissional e seguir as recomendações dos especialistas para garantir a saúde e a segurança da região ocular.