PRAIA FECHADA! Fechamento da AL-101 Norte por Condomínio de Luxo Limita Acesso Público às Praias de Lage e Patacho

O vereador Caio Borghetti levantou, em 2022, um sinal de alerta significativo para a população acerca do projeto de fechamento da AL-101 Norte, proposto pela construtora Podium. A intenção da empresa era erguer um condomínio de luxo na região, mas Borghetti demonstrou preocupação de que essa iniciativa pudesse comprometer o acesso da população às praias de Lage e Patacho, renomadas por suas paisagens naturais deslumbrantes e relevância turística.

Na época, o prefeito Henrique desconsiderou as preocupações de Borghetti, assegurando que o acesso às praias não seria prejudicado. Porém, contrariando o otimismo do prefeito, o projeto recebeu aprovação da câmara de vereadores, presidida por Allan de Jesus, e seguiu adiante.

Avançando para 2024, a população agora enfrenta a dura realidade do fechamento da via centenária. A AL-101 Norte, anteriormente um caminho direto para as praias, encontra-se bloqueada, forçando o tráfego a ser desviado para áreas situadas atrás dos novos empreendimentos de luxo à beira-mar. Inicialmente implementada em um trecho em Patacho, essa alteração agora se estende para praias vizinhas, incluindo Lage.

O vereador Caio Borghetti, que desde sempre se opôs ao projeto, não esconde sua inquietação quanto ao impacto dessas obras. “Esse é mais um exemplo de como o acesso público às nossas praias está sendo gradativamente restringido,” declarou Borghetti. “A população está perdendo o direito de acessar livremente esses espaços naturais, que são parte de nossa herança cultural e ambiental.”

Com o fechamento da AL-101 Norte e a reconfiguração da estrada para contornar os novos empreendimentos, aumenta o temor de que mais trechos da costa possam sofrer destino semelhante, restringindo ainda mais o acesso da população às praias. A comunidade local está, nesse momento, buscando alternativas e mobilizações para assegurar que os direitos de acesso às praias sejam mantidos, mesmo diante das novas construções.

A situação revela um conflito crescente entre desenvolvimento imobiliário e preservação de acesso público a recursos naturais valiosos. A questão não apenas levanta debates sobre os direitos da população local, mas também sobre a conservação do ambiente natural que atrai tantos turistas para a região. A batalha pelo direito de acesso às praias é vista agora como um símbolo da resistência da comunidade diante de empreendimentos que podem comprometer não apenas a paisagem, mas também a conexão histórica e cultural dos residentes com suas praias.

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