PP e Republicanos se unem à base aliada do governo após assumirem cargos no primeiro escalão, diz ministro.



No primeiro encontro do gênero com a participação dos representantes do Centrão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com os líderes partidários da Câmara dos Deputados para discutir a adesão dessas legendas à base aliada no Congresso. Durante a reunião, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que as bancadas do PP e do Republicanos ingressaram “definitivamente” na base aliada.

A declaração de Padilha vem quase dois meses depois de os deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) assumirem cargos no primeiro escalão do governo federal, nas pastas de Esporte e de Portos e Aeroportos, respectivamente. Esse movimento indica um fortalecimento do Centrão, uma coalizão de partidos que tem demonstrado apoio ao governo Lula.

Durante a reunião, Lula pediu apoio às pautas prioritárias do governo, principalmente as relacionadas à área econômica. Embora não tenha feito uma correlação direta entre a distribuição de cargos e a atuação legislativa dos parlamentares, o presidente deixou clara a expectativa de maior adesão nas votações importantes.

Esse alinhamento com o Centrão também se refletiu na demissão da presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano. Lula substituiu Serrano por Carlos Antônio Vieira Fernandes, funcionário de carreira do banco indicado por Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados e uma das principais lideranças do Centrão.

Logo após a troca na presidência da Caixa, a Casa gerida por Lira aprovou o projeto de lei que taxa fundos offshores e fundos exclusivos, obtendo apoio de 70% dos parlamentares do PP e do Republicanos. Essa votação demonstra a influência do Centrão no Congresso e a disposição de apoiar as medidas propostas pelo governo.

No entanto, a disputa entre o Centrão e o Planalto ainda não chegou ao fim. Agora, o Centrão busca ocupar as 12 vice-presidências da Caixa Econômica, enquanto o governo resiste em ceder todas as cadeiras. O impasse está na vice-presidência de Habitação, onde os petistas desejam manter Inês Magalhães no cargo, contando com o apoio do ministro das Cidades, Jader Filho, do MDB.

Já os aliados de Lira afirmam que a negociação envolvia todas as 12 vice-presidências e que a indicação para o cargo atualmente ocupado por Inês deveria ser alguém ligado ao União Brasil. Essa disputa evidencia a tensão e os diferentes interesses entre o Centrão e o governo na distribuição de cargos e poder dentro da Caixa Econômica Federal.

Apesar dos desafios e das disputas internas, a entrada do PP e do Republicanos na base aliada fortalece o governo Lula e aumenta suas chances de aprovar medidas importantes no Congresso. Resta saber como as negociações entre o Centrão e o Planalto irão se desenrolar e qual será o desfecho dessa relação.

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