PP de São Paulo é acusado de fraude com candidaturas femininas laranjas; vereador pede cassação da chapa por irregularidades.



O Partido Progressistas (PP) de São Paulo está envolvido em uma polêmica acusação de utilização de candidaturas femininas laranjas para burlar a cota de gênero exigida por lei nas eleições municipais para a Câmara Municipal. Segundo as declarações de contas prestadas à Justiça Eleitoral, sete das 13 candidatas mulheres do partido na disputa não receberam nenhum dinheiro para suas campanhas.

Por outro lado, a campanha à reeleição da vereadora Janaina Lima, presidente do diretório municipal do PP, recebeu uma quantia significativa de R$ 1 milhão do fundo eleitoral, apenas dois dias após assumir o cargo em setembro. O partido elegeu quatro vereadores nesta eleição: Major Palumbo, Sargento Nantes, Janaina Paschoal e Murillo Lima.

A ação movida pelo vereador Paulo Frange (MDB) pede a cassação da chapa eleita pelo PP, alegando a utilização de laranjas para preencher a cota de gênero. A legislação eleitoral exige que os partidos garantam um percentual mínimo e máximo de candidaturas de cada sexo, no caso, entre 30% e 70%.

Das sete candidatas sem financiamento na eleição, cinco são apontadas como possíveis laranjas devido à baixa votação e falta de atividades de campanha. O PP registrou 13 mulheres candidatas e 25 homens na disputa, resultando em uma porcentagem de candidaturas femininas de 34%. No entanto, excluindo as cinco possíveis laranjas, esse percentual cairia para 24%.

O juiz eleitoral Antônio Maria Zorz solicitou a inclusão de dirigentes partidários na ação de Frange, ampliando o escopo da investigação. O PP de São Paulo defende que todas as candidatas e candidatos do partido realizaram campanhas eleitorais, prestaram contas regularmente e alcançaram votações satisfatórias, destacando a expressiva votação de Janaina Paschoal.

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