Possível oceano oculto na Lua de Urano atrai atenção de astrônomos e novos estudos prometem revelar mais sobre suas características geológicas.

A lua Ariel, um dos satélites de Urano, tem atraído a atenção dos astrônomos devido à possibilidade de abranger um oceano oculto sob sua superfície gelada. Comcentros de mergulhos profundos, a superfície de Ariel apresenta formações geológicas fascinantes, incluindo gelo de dióxido de carbono e outros compostos que podem ter se originado de reações químicas internas. Essa intrigante característica sugere que Ariel pode ser um verdadeiro laboratório natural para o estudo do seu interior, permitindo que os cientistas entendam melhor as condições e processos que ocorrem em um mundo aquático distante, sem a necessidade de explorar fisicamente seu subsolo.

Um estudo recente publicado por um grupo de pesquisadores liderados pela geóloga planetária Chloe Beddingfield analisou dados coletados por observatórios e desenvolveu modelos de formação para investigar a gênese de ranhuras paralelas visíveis na superfície da lua. Essas ranhuras são consideradas entre as mais jovens da lua e podem ser indicativas de um processo geológico semelhante ao espalhamento observado na Terra, onde tectônica de placas e atividade vulcânica resultam na formação de nova crosta.

As teorias levantadas pelos pesquisadores sugerem que, devido a um fenômeno de ressonância orbital, as luas de Urano interagem gravitacionalmente, o que provoca aquecimento interno, garantindo condições propícias para a existência de água líquida e salgada sob suas superfícies. Observações recentes realizadas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST) sugerem fortemente que Ariel não só apresenta um oceano, mas que ele pode estar em interação com os elementos presentes na superfície, como o gelo de dióxido de carbono.

No entanto, muitas perguntas ainda permanecem sem resposta. Enquanto o tamanho e a profundidade desse possível oceano são questões que os cientistas tentam estimar, o verdadeiro alcance de suas interações com a crosta da lua e com o movimento dos materiais internos permanece envolto em mistério. Pesquisas futuras são essenciais para desvendar a complexidade de Ariel e potencialmente revelar se este local pode abrigar alguma forma de vida ou, ao menos, condições que imitam ambientes aquáticos da Terra.

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