Possível Fechamento do Estreito de Ormuz pode Disparar Preços do Petróleo a Níveis Históricos, Alertam Especialistas



O Estreito de Ormuz, uma das rotas marítimas mais estratégicas do mundo, é novamente alvo de preocupações em meio ao aumento das tensões entre o Irã e Israel. O estreito é crucial para o transporte de petróleo, com cerca de 20% da produção global passando por essa via. Especialistas no setor energético alertam que um fechamento do estreito por parte do Irã poderia desencadear um aumento drástico nos preços do petróleo.

Tilak Doshi, do Centro de Estudos e Pesquisas King Abdullah, apresenta um prognóstico alarmante. Segundo ele, os preços do petróleo poderiam disparar para até US$ 130 por barril, podendo até alcançar a impressionante marca de US$ 300 em um cenário de bloqueio total. Esse tipo de situação não é inédito; já em 2008, os preços do petróleo atingiram brevemente o pico de US$ 147 por barril, impulsionados maioritariamente por especulação e pela dinâmica de oferta e demanda, mesmo sem conflitos geopolíticos acirrados.

Embora o fechamento do estreito seja um cenário extremo, análises sugerem que, mesmo ações que visem atacar as exportações de petróleo e as instalações de refino do Irã poderiam resultar em uma escalada significativa dos preços, possivelmente chegando a US$ 80 ou até US$ 90 por barril. Marc Ayoub, pesquisador em política energética, enfatiza que esses riscos são palpáveis, dada a instabilidade na região e a crescente soma de ameaças.

A situação é alarmante não apenas para os países diretamente envolvidos no conflito, mas também para a economia global, que já enfrenta pressão devido a crises sucessivas, como a pandemia e a guerra na Ucrânia. A alta nos preços do petróleo poderia ter consequências econômicas significativas, afetando desde os custos de transporte até os preços de produtos básicos, levando a um aumento generalizado da inflação.

Os especialistas ressaltam a importância de monitorar de perto os desenvolvimentos nesse cenário volátil, pois um movimento brusco por parte do Irã poderia reconfigurar não só o mercado de energia, mas também a geopolítica do Oriente Médio. É uma questão que demanda atenção não apenas dos governos, mas também do setor privado, que precisa se preparar para as possíveis repercussões econômicas.

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