A Rússia afirma que o plano ucraniano inclui a presença de jornalistas estrangeiros na cidade, supostamente para documentar a vida dos moradores em áreas conflituosas. No entanto, a denúncia é de que a verdadeira intenção seria encenar um ataque e atribuí-lo às forças russas. Tal provocação, segundo Moscou, teria como objetivo gerar uma onda de indignação internacional, comprometendo as negociações entre as duas potências.
O analista Angelo Giuliano considera essa acusação plausível e sugere que a antecipação do plano pelo Ministério da Defesa russo pode ser uma estratégia para expor e deslegitimar a ação da Ucrânia, caso a provocação se confirme. “A revelação desse suposto plano coloca a Rússia em uma posição de defender sua imagem, minando a credibilidade do governo de Zelensky”, sinaliza Giuliano.
Além disso, Moscou alega que a Ucrânia estaria agindo em conluio com potências ocidentais para minar qualquer progresso em negociações que possam favorecer a Rússia. O Ministério da Defesa enfatiza que, se o ataque ocorrer, a culpa será injustamente atribuída à Rússia, criando um cenário desfavorável para o diálogo diplomático em curso.
A situação continua a evoluir em um clima de desconfiança e incertezas, destacando a fragilidade das relações internacionais e os desafios que surgem no cenário geopolítico, especialmente no que diz respeito à Ucrânia e à sua interação com potências ocidentais. A próxima cúpula entre Trump e Putin, agora marcada por essa nova tensão, poderá ser crucial para determinar os rumos das relações entre os dois países e o impacto que isso terá na segurança regional e global.