Segundo informações obtidas pelo colunista Rodrigo Rangel, do Metrópoles, funcionários da representação brasileira já suspeitavam que suas conversas estivessem sendo monitoradas pelo serviço secreto de Israel. Durante a reunião, diplomatas mais experientes ponderaram que uma varredura poderia ser ineficaz, uma vez que os israelenses poderiam facilmente substituir qualquer dispositivo de escuta encontrado, dada a reputação do país por deter tecnologias de espionagem avançadas.
Um diplomata graduado do Itamaraty chegou a sugerir que a postura mais prudente seria operar sob a certeza de que a embaixada brasileira, assim como as de outros países, é alvo de monitoramento constante, principalmente em tempos de guerra. No final, o argumento prevaleceu e a decisão foi unânime: a varredura sequer foi encomendada.
Vale ressaltar que Israel é conhecido por abrigar algumas das agências de inteligência mais renomadas do mundo, como o Mossad, a Amam e o Shin Bet, responsáveis pela segurança e espionagem no país. Mesmo com todo o aparato tecnológico à disposição, as autoridades israelenses não foram capazes de prever e evitar um ataque do Hamas que resultou em mais de mil mortes em Israel. A discussão sobre a possibilidade de grampos na embaixada brasileira reflete a delicada relação entre os dois países e a constante tensão geopolítica na região do Oriente Médio.