A agenda oficial do evento não foi divulgada pela equipe de Milei, o que gerou grande especulação na imprensa argentina. No entanto, pelas redes sociais, Milei convocou seus apoiadores para se reunir na Praça do Congresso por volta das 11h. O presidente empossado deixou o Hotel Libertador às 10h30 para se dirigir ao prédio legislativo, apesar do planejamento da segurança presidencial que indicava sua chegada depois das 12h.
Durante a cerimônia no Congresso, Milei decidiu mudar o protocolo. Ao invés de receber a faixa presidencial e fazer um juramento, ele imitou a cerimônia dos Estados Unidos, discursando das escadarias do Capitólio para a multidão e transmitindo o discurso na Praça do Congresso. O conteúdo do discurso foi mantido em sigilo, acessível apenas ao círculo mais próximo de Milei e seguidores das redes sociais.
Após a posse, Milei dirigiu-se à Casa Rosada, com um desfile em um conversível, que não foi o Cadillac preto que Juan Domingo Perón comprou em 1955. A atitude de Milei de interagir diretamente com a multidão causou preocupação na segurança presidencial, que montou um grande operativo para o evento.
Na Casa Rosada, Milei recebeu delegações estrangeiras, incluindo Jair Bolsonaro e o rei Felipe VI da Espanha. A transição de governo incluiu a apresentação do Gabinete e a posse de ministros e secretários de Estado. Entre os nomes confirmados por Milei, está Luis “Toto” Caputo no Ministério da Economia e Patricia Bullrich na Segurança.
Além disso, a cerimônia de posse terminou com uma missa na Catedral Metropolitana e um evento de gala no Teatro Colón. Mesmo adaptada, a essência da cerimônia de posse manteve-se fiel à tradição, que remonta há mais de 150 anos na Argentina.
A data da posse de Milei, 10 de dezembro, também é simbólica, marcando o retorno da Argentina à democracia após anos de regime militar em 1983. A importância do evento não passou despercebida pelos argentinos e certamente entrará para a história política do país.