Poluição Sonora Atinge Mais de 110 Milhões de Europeus, Ameaçando Saúde e Bem-Estar da População



A poluição sonora como um desafio contínuo na Europa

Um recente relatório da Agência Europeia do Ambiente revelou que mais de 110 milhões de europeus, ou cerca de 20% da população do continente, estão expostos a níveis preocupantes de ruído provocado pelo transporte. Esse problema, que frequentemente é relegado ao segundo plano em comparação com outras questões ambientais, tem consequências diretas e significativas para a saúde pública.

O transporte rodoviário é apontado como a principal fonte de poluição sonora, afetando aproximadamente 92 milhões de pessoas. Em contrapartida, o ruído proveniente de ferrovias e do tráfego aéreo impacta 18 milhões e 2,6 milhões de indivíduos, respectivamente. O alerta, emitido pela diretora-executiva da EEA, Leena Yla Mononen, destaca que o som excessivo é responsável por uma gama de problemas de saúde, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes e até questões de saúde mental, resultando em um expressivo número de mortes prematuras.

Estudos recentes associam a exposição prolongada ao ruído a cerca de 66 mil mortes prematuras e 50 mil novos casos de doenças cardiovasculares, além de contribuir para o aumento de condições como diabetes tipo 2, depressão e demência. As crianças são particularmente vulneráveis, podendo desenvolver deficiência auditiva, problemas comportamentais e até obesidade em função da poluição sonora ao seu redor.

Diante desse cenário alarmante, a União Europeia estabeleceu metas ambiciosas, como a redução em 30% do número de pessoas afetadas pelo ruído do transporte até 2030, como parte do seu Plano de Ação para Poluição Zero, adotado em 2021. Esse plano visa minimizar os níveis de poluição a um ponto que não represente riscos à saúde pública ou ao meio ambiente.

Confrontar a poluição sonora exige esforços significativos e coordenados entre governantes, especialistas e a sociedade civil. É crucial que o problema receba a devida atenção, para que se possa garantir não apenas a qualidade ambiental, mas também a saúde e o bem-estar da população europeia. Se a atual situação não for tratada com urgência, as consequências podem ser ainda mais devastadoras para a sociedade e o futuro das próximas gerações.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo