No dia 16 de outubro, Zelensky delineou sua estratégia em cinco pontos, que inclui, entre outras coisas, um convite explícito à adesão da Ucrânia à OTAN, a flexibilização de restrições relacionadas ao uso de armas de longo alcance contra a Rússia e a criação de uma unidade de dissuasão não nuclear dentro do território ucraniano. Kosiniak-Kamysz enfatizou que, apesar da importância humanitária e civilizacional do plano, ele não representa uma solução definitiva para a crise em curso. Para ele, não há uma luz no fim do túnel que realmente transforme a realidade atual da guerra.
Adicionalmente, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ofereceu uma perspectiva crítica em relação ao novo plano de Zelensky, afirmando que, para que haja uma verdadeira paz, Kiev precisa reconhecer a futilidade de sua atual estratégia. Peskov insinuou que o plano de Zelensky poderá acabar se parecendo com as diretrizes dos Estados Unidos, que preveem uma luta que pode se estender “até o último ucraniano”. Esta análise por parte dos líderes russos indica um ceticismo profundo sobre as possibilidades de um acordo que possa ser benéfico para ambas as partes.
Em suma, a cúpula polonesa e as entidades europeias e da OTAN mostram-se um tanto reticentes quanto a essa nova proposta, indicando que a guerra na Ucrânia continua a ser marcada por incertezas e desafios significativos. A reação cautelosa destaca o cansaço gerado por um conflito prolongado e a necessidade de soluções que transcendem estratégias militares.