O ex-presidente da Assembleia Nacional da França, Hugues Renson, está no centro de um escândalo que envolve o Paris Saint-Germain. Ele foi indiciado por tráfico de influência, sendo investigado por supostamente favorecer o clube durante o seu mandato. As acusações incluem a prestação de serviços e solicitação de vantagens, como ingressos para os filhos e trabalhos remunerados.
Renson, que é torcedor do PSG, é suspeito de ter ajudado o clube a obter vantagens fiscais após a compra dos direitos econômicos do jogador Neymar. A transferência do craque brasileiro em 2017, por €222 milhões, foi a mais cara da história do futebol até então. O político nega as acusações, afirmando nunca ter cometido atos ilegais em suas funções.
Segundo relatos do jornal “L’Équipe” e de outras fontes da imprensa francesa, foram encontradas mensagens de texto nas quais Renson teria buscado influenciar Gérald Darmanin, então Ministro das Contas Públicas, em favor do PSG. As investigações apontam que ele teria intervido várias vezes em benefício do clube ou de seus dirigentes, facilitando questões como a obtenção de vistos e influenciando o calendário do Campeonato Francês.
Além disso, Renson teria solicitado e recebido entradas VIP para jogos importantes do PSG no Estádio Parque dos Príncipes. Membro do partido “Renascimento”, o político foi vice-presidente da Assembleia Nacional entre 2018 e 2022, antes de ser indiciado por tráfico de influência em setembro de 2022.
O caso levanta questões sobre possíveis relações obscuras entre políticos e clubes esportivos, evidenciando a necessidade de transparência e ética nas atividades dos dirigentes. A conduta de Renson está sendo investigada pelas autoridades competentes, e resta aguardar os desdobramentos desse escândalo que abala o cenário político e esportivo na França.