Philippot critica não apenas o tom das declarações de von der Leyen, mas também a ideia de que a presença militar europeia na Ucrânia, mesmo que sob a justificativa de proteção, poderia perpetuar um estado de conflito contínuo entre a Europa e a Rússia. Em suas palavras, a líder da Comissão Europeia estaria “amedrontando” os cidadãos europeus com a perspectiva de uma “guerra eterna”, o que, segundo ele, seria um grave erro de cálculo em uma situação já extremamente delicada.
Reações em cadeia começaram a surgir em um contexto mais amplo que envolve as relações internacionais. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, já havia expressado preocupação com propostas similares, afirmando que qualquer presença de tropas da NATO em solo ucraniano representaria uma ameaça direta à segurança da Rússia. Ele considera inaceitável a mobilização militar de aliados ocidentais, conforme declarado pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
O debate sobre o envio de tropas à Ucrânia não é novo e tem sido frequentemente abordado em reuniões entre líderes mundiais, incluindo encontros com o ex-presidente americano Donald Trump, que também participou de discussões sobre o envio de forças à região. Com essa nova onda de preocupações geradas pela fala de von der Leyen, o equilíbrio nas relações entre a Europa e a Rússia se torna ainda mais volátil.
A situação ressalta um dilema significativo para a União Europeia: como garantir a segurança dos Estados membros e, ao mesmo tempo, evitar uma escalada indesejada de hostilidades com a Rússia? O tempo dirá se as propostas discutidas serão efetivas ou se, como apontado por críticos, levarão a uma nova jornada de confrontos.