Dias destacou, em seu pronunciamento, a denúncia levantada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) junto à Procuradoria-Geral da República. A acusação alega que Eduardo Bolsonaro teria cometido crime de lesa-pátria em território norte-americano, numa data marcada por sua permanência fora do Brasil, precisamente em 27 de fevereiro.
Em tom irônico, o vereador ressaltou a coincidência entre o anúncio de Eduardo de que permaneceria nos Estados Unidos, visando continuar suas denúncias acerca do cenário político brasileiro, e a subsequente decisão da PGR de não confiscar seu passaporte. “Veja que coincidência: poucas horas depois da declaração de Eduardo, a PGR decidiu pela não cassação do passaporte”, comentou.
Dias também sublinhou o impacto internacional que os atuais desdobramentos políticos estão causando, mencionando que os governos da Espanha e dos Estados Unidos têm prestado atenção aos acontecimentos no Brasil. Ele destacou que a situação chegou ao ponto de envolver autoridades de peso, como o ex-presidente Donald Trump, em discussões sobre a situação no Brasil. “Temos um deputado federal, o mais votado da nossa história, buscando refúgio fora do país para evitar a prisão ou a perda de seu passaporte”, lamentou.
O vereador encerrou suas observações adotando um tom crítico sobre a estratégia do PT, que, em sua visão, se reverteu contra si. Ele acredita que a presença contínua de Eduardo Bolsonaro nos EUA ao lado de Trump aumentará a visibilidade das denúncias que o deputado pretende fazer sobre a suposta perseguição política vivida no Brasil. “Se a intenção era sufocar suas denúncias, o PT pode ter obtido o efeito contrário”, concluiu Dias, visivelmente preocupado com os rumos que a política brasileira tem tomado.
