A votação em Três Rios foi acompanhada com expectativa, e o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), desembargador Peterson Barroso Simão, destacou a normalidade com que o processo se desenrolou. Ele elogiou a postura dos eleitores, que demonstraram um forte compromisso cívico ao comparecer às urnas, contribuindo para a consolidação da democracia. O magistrado também parabenizou juízes, servidores e mesários pela organização e eficiência da eleição.
Dos 61.308 eleitores registrados, 43.378 compareceram aos locais de votação, resultando em uma abstenção de 29,25%, que corresponde a 17.930 pessoas. Além disso, os votos em branco e nulos totalizaram 3.111, o que representa 7,17% do total. A eleição ocorreu sem incidentes significativos, embora tenha sido registrado um desacato na 108ª Delegacia de Polícia Civil, onde um veículo foi apreendido por propaganda eleitoral em áreas restritas.
Não houve a necessidade de substituição de urnas eletrônicas em nenhuma das 205 seções de votação, o que evidencia a eficácia do pleito. Agora, os novos gestores se preparam para a diplomação, marcada para o dia 29 de outubro, que ocorrerá no Fórum da cidade pela Justiça Eleitoral. Este ato formal é essencial, pois é o momento em que é reconhecida legalmente a escolha popular, permitindo que os eleitos assumam seus cargos oficialmente.
Cabe ressaltar que a corrida para a prefeitura de Três Rios não foi isenta de polêmicas. Joacir Barbaglio, ex-presidente da Câmara Municipal, teve suas contas reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado em 2019 e participou da eleição em uma situação sub judice. Apesar de sua liminar que suspendeu a inelegibilidade, a decisão não teve efeito retroativo após o primeiro turno, o que gerou disputas legais. O trecho histórico das eleições reflete a importância da regularidade e da lisura no processo eleitoral, características fundamentais para a manutenção da confiança pública nas instituições democráticas.
