Até o momento, o placar do julgamento está em 3 votos a 1 contra a cassação de Moro. Os desembargadores Luciano Carrasco Falavinha Souza, Claudia Cristina Cristofani e Guilherme Frederico Hernandes Denz votaram contra, enquanto o desembargador José Rodrigo Sade foi o único a favor da cassação.
Caso Moro seja cassado pelo TRE, ele não deixará o cargo imediatamente, já que sua defesa ainda poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Se a cassação for confirmada pelo TSE, novas eleições serão convocadas no Paraná para preencher a vaga do senador, que também ficará inelegível por oito anos.
No final de 2021, Moro estava no Podemos e realizou atos de pré-candidatura à Presidência da República. No entanto, ele deixou o partido e se candidatou ao Senado pelo União, o que gerou acusações de “desvantagem ilícita” em favor dos demais concorrentes ao cargo de senador devido aos altos investimentos financeiros realizados antes da mudança de partido.
O Ministério Público apontou gastos de aproximadamente R$ 2 milhões do Fundo Partidário com a pré-campanha de Moro, enquanto outras legendas alegaram gastos irregulares ainda maiores. Os advogados de Moro defendem a legalidade da pré-campanha e afirmam que não houve irregularidades.
A sessão do TRE e a possível cassação de Moro são temas de grande repercussão, visto o histórico do ex-juiz e sua importância no cenário político nacional. A decisão final trará consequências significativas não apenas para o político, mas também para o panorama eleitoral no Paraná.