Diante desse cenário, os senadores Eduardo Braga (MDB-AM) e Rogério Carvalho (PT-SE) solicitaram mais tempo para analisar as alterações feitas pelo relator, o senador Irajá (PSD-TO). O presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (União-AP), optou por adiar mais uma vez a votação, destacando a importância de garantir um encaminhamento adequado ao projeto.
Alcolumbre enfatizou que o projeto está em análise há mais de um ano na Comissão e que este será o último adiamento, com a votação prevista para a próxima quarta-feira (19). O relator, senador Irajá, elogiou o adiamento, mencionando a necessidade de tempo para analisar os novos pedidos de mudanças no texto.
O PL 2.234/2022, em tramitação na CCJ, prevê a instalação de cassinos em polos turísticos e complexos de lazer, assim como a legalização do jogo do bicho. O texto enfrenta resistência de alguns parlamentares e organizações religiosas, que apontam os riscos associados aos jogos de azar.
De acordo com o relatório do senador Irajá, os jogos de azar já são uma realidade no Brasil, e o projeto busca permitir o controle estatal sobre essa atividade, evitando possíveis ligações com o crime organizado. O senador ressaltou a importância da regulamentação pelo Estado, considerando o mercado de jogos de azar como uma atividade econômica relevante.
Por outro lado, o senador Carlos Vianna expressou preocupações com os impactos negativos que a aprovação do jogo poderia trazer, como a possibilidade de endividamento, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Ele destacou a importância de não permitir que a sociedade brasileira enfrente mais problemas relacionados ao jogo.
Em meio a essas diferentes perspectivas, a votação do projeto de lei segue agendada para a próxima semana, com expectativa de debate acalorado entre os senadores que defendem e aqueles que se opõem à legalização dos jogos de azar no país. A decisão final sobre o tema promete gerar intensos debates e reflexões sobre os impactos de tal legislação na sociedade brasileira.