Marcos do Val é alvo de investigações no Supremo Tribunal Federal (STF), sendo acusado de promover campanhas que visam intimidar e constranger agentes da Polícia Federal envolvidos em apurações relevantes na Corte. Além disso, pesa sobre ele a suspeita de ter planejado ações que poderiam resultar na anulação das eleições de 2022. Segundo o STF, essas questões estão ligadas a ataques institucionais contra suas iniciativas, bem como à divulgação de dados pessoais de delegados que trabalham nas investigações.
Em nota publicada no final do mês passado, o senador justificou seu pedido de licença com uma apelo emocional, afirmando que precisava estar ao lado de sua mãe, que enfrenta um tratamento contra o câncer, e de seu pai, que passou por uma cirurgia delicada. Também mencionou a necessidade de uma presença paterna na vida de sua filha, o que em parte levanta questões sobre a sua responsabilidade familiar em um momento crucial para sua adolescente.
Recentemente, Marcos do Val enfrentou sérios obstáculos legais; ele foi obrigado a utilizar uma tornozeleira eletrônica e teve suas contas bancárias bloqueadas após desobedecer uma ordem do STF ao viajar para os Estados Unidos, uma jornada proibida em decorrência das investigações em curso. Contudo, após um entendimento entre o Senado e o STF, algumas das limitações impostas a ele foram suspensas, permitindo que retome seu acesso a contas e salário, embora a proibição de deixar o Brasil permaneça.
O pedido de licença foi mencionado pelo ministro Alexandre de Moraes em sua deliberação que alterou parte das versões de restrição para o senador. No documento, o ministro destacou a apresentação do pedido de afastamento, que expressa a incapacidade temporária de Marcos do Val em exercer suas funções, ao mesmo tempo que reafirma seu respeito pelos preceitos do Estado Democrático de Direito.
Esse desdobramento reforça a complexidade dos desafios enfrentados pelo político, que busca equilibrar sua vida pessoal e os embates políticos e jurídicos que permeiam sua trajetória.