Durante sua manifestação, Gleisi enfatizou que, enquanto a isenção para faixas de renda inferior é um avanço, o verdadeiro foco deve ser a tributação dos mais ricos no Brasil. A ministra destacou que um número significativo de 141 mil indivíduos que recebem acima de R$ 600 mil anuais atualmente paga uma carga tributária média de apenas 2,5%, um valor que se pretende aumentar progressivamente para 10%. “Isso se chama justiça tributária”, afirmou a ministra, demonstrando a intenção do governo de reorganizar a estrutura de impostos de forma a beneficiar os trabalhadores e promover uma maior equidade fiscal.
Além disso, a ministra comemorou uma mudança histórica na legislação: pela primeira vez, os dividendos recebidos por acionistas passarão a ser tributados, o que representa um passo significativo no esforço do governo para alcançar maior justiça fiscal no Brasil. Ela reconheceu, no entanto, que ainda há um longo caminho a percorrer em relação à tributação sobre a renda e o patrimônio, reforçando que essa conquista não é apenas do governo, mas sim uma vitória do povo trabalhador brasileiro.
O relator do projeto no Senado, Renan Calheiros, também se manifestou favoravelmente à proposta, ressaltando seu caráter histórico. Ele defendeu que a iniciativa, denominada de “imposto zero”, é uma das mais relevantes e esperadas nos últimos tempos, contribuindo para a correção de injustiças sociais. Segundo Renan, a proposta busca não apenas aliviar a carga tributária para os que ganham menos, mas também aumentar a carga sobre os muito ricos, promovendo assim um avanço rumo à justiça tributária e ao bem-estar social no país.









