De acordo com Delgatti, o marqueteiro Duda Lima participou de uma das reuniões para discutir o papel do hacker na campanha de reeleição de Bolsonaro. Ele revelou que, inicialmente, Lima sugeriu que ele desse uma entrevista espontânea à imprensa de esquerda para falar sobre as urnas. Em seguida, a proposta do marqueteiro era que Delgatti simulasse um código-fonte falso, para mostrar que é possível apertar um voto e imprimir outro. A ideia era divulgar um vídeo com esse conteúdo no dia 7 de setembro, quando havia uma grande mobilização de apoiadores do ex-presidente em Brasília.
No entanto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirma que o código-fonte é testado por especialistas independentes antes de ser utilizado nas eleições, o que impossibilita qualquer vulnerabilidade no sistema. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI, considerou a proposta uma tentativa de produzir uma peça publicitária de campanha, utilizando Delgatti como garoto-propaganda.
Ainda segundo Delgatti, as duas ideias não foram concretizadas porque o plano acabou vazando para a imprensa. O encontro dele com os integrantes da campanha de Bolsonaro foi divulgado nos meios de comunicação, e por esse motivo, o plano foi cancelado.
A Agência Brasil entrou em contato com o marqueteiro Duda Lima e fica aberta a manifestações por parte do mesmo.
Porém, é importante ressaltar que a origem desta informação não foi divulgada nesta matéria, como é de praxe nas práticas jornalísticas. Como jornalistas, devemos sempre citar as fontes de nossas informações para garantir a transparência e a veracidade dos fatos apresentados ao público. É dever do profissional da imprensa buscar as informações e promover uma apuração precisa dos acontecimentos.