POLÍTICA – Rompimento: União Brasil e Progressistas exigem renúncia de ministros e detentores de mandatos em sinal de descontentamento com governo Lula.

Na tarde desta terça-feira, os partidos União Brasil e Progressistas, que atuam em conjunto sob a federação União Progressista e reúnem mais de 100 parlamentares no Congresso Nacional, tomaram uma decisão significativa: determinaram que todos os “detentores de mandato” filiados a essas legendas devem renunciar a qualquer cargo ocupado no governo federal. Essa medida oficializa o afastamento das duas siglas da base de apoio do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A comunicação da decisão foi feita pelo presidente do União Brasil, Antônio Rueda, em uma coletiva ao lado do presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, na Câmara dos Deputados. Durante o pronunciamento, os líderes partidários explicaram que essa ação surge como um ato de clareza e coerência, respondendo assim às exigências dos eleitores e da população em geral. Segundo o comunicado, caso algum dirigente da federação não cumpra essa determinação, haverá um afastamento imediato, e a persistência no descumprimento pode levar a punições disciplinares, conforme previsto no estatuto das legendas.

Essa decisão pode repercutir diretamente na permanência dos ministros do Turismo, Celso Sabino, e do Esporte, André Fufuca, ambos vinculados a estas siglas e que ocupam cargos no governo. Até o momento, não houve pronunciamento oficial dos ministros sobre o comunicado da federação. Além disso, o União Brasil também possui indicações em outras pastas, como Desenvolvimento Regional e Comunicações, através do presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

O PP, por sua vez, controla a Caixa Econômica Federal com a nomeação de Carlos Vieira, escolhido pelo ex-presidente da Câmara, Arthur Lira. Em uma resposta à decisão da federação, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, expressou respeito pela escolha de União Brasil e Progressistas, mas reivindicou que os que decidirem permanecer nos cargos mantenham um compromisso firme com a administração de Lula, especialmente em relação às pautas prioritárias do governo, que envolvem justiça tributária, democracia e a defesa do estado de direito. Essa situação revela um momento delicado na articulação política do governo federal e poderá impactar as próximas movimentações no cenário político nacional.

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