Viana lamentou a perda da oportunidade de ouvir um dos personagens centrais do escândalo que envolve desvios de recursos destinados a aposentados. A expectativa era alta em relação ao depoimento de Careca, especialmente após sua defesa ter afirmado no dia anterior que ele compareceria à CPMI. Essa mudança de planos gerou frustração e questionamentos sobre as razões por trás da decisão do empresário, que se encontra preso desde a última sexta-feira na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Essa prisão está relacionada à suposta participação de Camilo em um esquema de cobrança irregular de mensalidades associativas, que era descontada sem autorização das aposentadorias e pensões pagas pelo INSS.
Na véspera do cancelamento, o ministro do Supremo Tribunal Federal, André Mendonça, havia decidido que a presença de Careca do INSS no Congresso era facultativa, permitindo que o empresário optasse por comparecer ou não a sessão. Essa decisão também se aplica a Maurício Camisotti, outro indivíduo ligado a investigação e que deverá prestar depoimento em uma audiência marcada para a próxima quinta-feira, dia 18. Até o momento, não há confirmação se Camisotti participará da sessão.
A CPMI continua a buscar esclarecimentos sobre os variados elementos do caso, que envolve graves acusações de corrupção e mau uso de recursos públicos. A ausência de Careca não desmerece a gravidade da situação, que segue recebendo atenção especial tanto da imprensa quanto da sociedade civil, preocupada com a integridade do sistema de seguridade social.