POLÍTICA – Relator da CPMI do INSS pede prisão de empresário por ligação com ‘Careca do INSS’ e ocultação de provas em esquema de fraudes.

No âmbito da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, a recente sessão trouxe à tona a figura do empresário Rubens Oliveira Costa, mencionado como sócio do polêmico Antônio Carlos Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”. O relator do colegiado, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), formalizou um pedido de prisão preventiva para Oliveira Costa, alegando risco de fuga e a possibilidade de ele continuar a cometer delitos.

Oliveira Costa compareceu à CPMI na última segunda-feira, 22 de outubro, onde sua atuação passou a ser alvo de análise mais crítica. O relator Gaspar justificou sua solicitação, afirmando que o empresário prestou informações falsas durante a oitiva e teria ocultado provas relevantes. Ao longo da apuração, ficara evidente que Oliveira Costa está vinculado a várias empresas que estão sob investigação por supostos esquemas de desvios financeiros que afetam diretamente aposentados e pensionistas, como a Vênus Consultoria e a Curitiba Consultoria, entre outras.

Gaspar também trouxe à luz dados financeiros alarmantes. Em 2023, a Prospect Consultoria, onde Oliveira Costa é ligado, teve movimentações financeiras superiores a R$ 33 milhões, e em 2024, esse número saltou para mais de R$ 70 milhões em uma única conta. Essas constatações levantam preocupações sobre a origem e o destino desses recursos.

Durante a sessão, Carlos Viana, presidente da CPMI, anunciou que o pedido de prisão poderia ser reavaliado caso Oliveira Costa decidisse colaborar efetivamente com as investigações. O relator, no entanto, enfatizou que não se trata de um espaço para a impunidade, destacando a necessidade de responsabilizar todos os envolvidos no esquema, independentemente de suas posições.

Oliveira Costa, por outro lado, tentou se distanciar das acusações, afirmando que havia deixado sua posição na Vênus Consultoria em 2024, antes de qualquer investigação ser instaurada. Ele negou ser sócio de Antunes e afirmou que apenas atuou como administrador financeiro, desassociando-se das práticas fraudulentas atribuídas a essas empresas.

O desenrolar das investigações segue com a expectativa de votação do pedido de prisão preventiva, que deve ser encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, considerando os complicadores legais que cercam o caso. A situação de Oliveira Costa evidencia a complexidade do esquema que está sendo investigado e levanta um alerta sobre a diversidade de atores envolvidos em delitos que afetam diretamente cidadãos brasileiros. A CPMI continua a investigação com o intuito de trazer à luz toda a trama de irregularidades que compromete o sistema previdenciário nacional.

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