A decisão de reforçar a segurança das instalações presidenciais foi tomada em 2017, por meio de uma portaria interministerial, no entanto, somente no ano passado é que o processo começou a ser implementado. O secretário de Segurança Presidencial do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), general Roberto Peixoto, destacou a importância desse reforço, mencionando que as novas câmeras teriam possibilitado uma melhor investigação sobre os acontecimentos do 8 de janeiro.
Além das câmeras, o GSI planeja a instalação de vidros blindados no térreo do Palácio do Planalto, como medida para evitar a repetição de incidentes como os atos antidemocráticos do início deste ano, quando os vidros do prédio foram quebrados. No entanto, essa mudança depende da aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Outra medida prevista é a instalação de pinos hidráulicos na base da rampa do Palácio do Planalto, com o intuito de impedir a passagem de veículos. O reforço na segurança também inclui a implementação de novos mosaicos de telas para melhorar o acompanhamento das imagens das câmeras, a instalação de novas guaritas equipadas com detectores de metal e raio-x, e a realização de treinamentos para o efetivo diário de 310 militares do GSI e do Comando Militar do Planalto.
O Gabinete de Segurança Institucional passou recentemente por uma reformulação, com objetivos de reforçar a segurança presidencial. A Secretaria de Segurança Presidencial foi dividida em dois departamentos, focados exclusivamente na segurança, enquanto a coordenação de viagens, eventos e cerimonial foi transferida para outra secretaria. Também foi criada a Secretaria de Segurança da Informação e Cibernética, que desenvolve medidas para melhorar a resposta dos órgãos públicos na área de segurança cibernética.