A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), e o líder do partido na Câmara, deputado federal Odair Cunha (PT-MG), foram os responsáveis por entregar o requerimento a Arthur Lira. Em comunicado oficial, o Partido dos Trabalhadores argumentou que manter a tramitação desse projeto é inadequado e prejudicial para a democracia.
A justificativa do PT se baseia nos recentes acontecimentos, como o atentado a bomba contra a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília e as conclusões da Polícia Federal no inquérito do dia 8 de janeiro. Essas investigações revelaram planos de assassinato do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre Moraes.
Segundo o comunicado do PT, a anistia proposta poderia beneficiar os líderes do golpe e incentivar grupos extremistas de extrema direita. Esse perdão ou impunidade aos envolvidos poderia estimular ações criminosas e antidemocráticas no país.
A repercussão desse pedido de arquivamento do projeto ocorre em paralelo à Operação deflagrada pela Polícia Federal. A operação tem como objetivo desarticular uma organização criminosa responsável por planejar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Lula após as eleições de 2022.
Quatro militares do Exército e um agente da PF foram presos nessa operação. O ministro Alexandre de Moraes autorizou a prisão preventiva desses envolvidos, ressaltando a gravidade do planejamento detalhado para o golpe e para os assassinatos planejados.
Portanto, a ação do PT ao solicitar o arquivamento do PL nº 2.858 demonstra a preocupação do partido com a estabilidade democrática do país e com a justiça diante de tentativas de golpe de Estado e violações da ordem constitucional.