Gleisi destacou que a decisão foi impulsionada por antecedentes de tentativas violentas de interferir na Justiça, como os incidentes conhecidos como “tarifaço” e as sanções referentes à Lei Magnitsky. “Na democracia, a Justiça se cumpre”, concluiu a ministra, ressaltando a importância de o Estado de Direito prevalecer em momentos críticos da história do país.
Em consonância com essas declarações, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos, se manifestou nas redes sociais, afirmando que “ninguém está acima da democracia”. Boulos lembrou que a tentativa de golpe de Estado não pode ser assim desconsiderada e que a prisão de Bolsonaro representa um marco significativo para evitar o retorno de práticas autoritárias. O ministro compartilhou também preocupações recentes sobre a fuga de outros aliados de Bolsonaro, citando nomes como Carla Zambelli, Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem, questionando a coragem do ex-presidente, caso estivesse em liberdade.
A prisão de Bolsonaro foi determinada após a convocação de uma vigília nas proximidades de sua residência, onde ele já cumpria prisão domiciliar desde agosto devido ao descumprimento de medidas cautelares. O ministro Moraes justificou sua decisão ao observar que essa reunião poderia facilitar uma possível fuga do réu, além de mencionar uma tentativa de violação da tornozeleira eletrônica do ex-presidente na madrugada anterior.
A audiência de custódia de Jair Bolsonaro está marcada para amanhã e sua defesa já anunciou que pretende recorrer da decisão. Com a condenação a 27 anos e 3 meses de prisão, a expectativa é que as penas dos réus envolvidos na trama golpista sejam executadas nas próximas semanas, marcando um momento decisivo na política brasileira, um esforço para consolidar a democracia e evitar a repetição de períodos sombrios da história do país.









