POLÍTICA – Presidentes concordam que onda de incêndios no Brasil tem origem criminosa e discutem aumento de penas em reunião histórica.

Os presidentes da República, do Senado e da Câmara dos Deputados se reuniram nesta terça-feira (17) para discutir a grave situação dos incêndios florestais que assolam o país. Lula, Pacheco e Lira concordaram que a origem desses incêndios é criminosa e manifestaram preocupação com a possibilidade de um aumento nas penas para os responsáveis por esses crimes.

Durante o encontro, Lula ressaltou que, embora não seja possível acusar diretamente, existe uma forte suspeita de que os incêndios tenham sido provocados de forma intencional. O ex-presidente destacou a anormalidade da situação, especialmente diante de eventos como o ato na Avenida Paulista que mencionava “Vai pegar fogo”.

Por sua vez, Pacheco afirmou que a quantidade de focos de incêndio indica uma possível coordenação por trás desses eventos, sugerindo uma orquestração organizada para incendiar o país. Já Lira enfatizou a presença de influências criminosas nesse contexto, apontando para a ação de organizações criminosas que estariam envolvidas nos incêndios.

Além de debater a origem dos incêndios, a reunião também abordou a necessidade de um aumento nas penas para crimes ambientais, em especial para os incêndios florestais. O ministro-chefe da Casa Civil e o presidente do STF se mostraram favoráveis a essa medida, buscando igualar as penalidades para esses crimes com as de incêndios comuns.

No âmbito legislativo, tanto Pacheco quanto Lira indicaram a possibilidade de um aprimoramento da legislação existente, visando a identificação de formas de elevar as penas para crimes ambientais. Eles ressaltaram a importância de um debate equilibrado para evitar o populismo legislativo e garantir medidas eficazes no combate aos incêndios.

Por fim, o presidente do STF destacou a mobilização nacional dos juízes para dar prioridade aos processos relacionados a infrações ambientais, adiantando ações cautelares para combater essa grave situação. A recomendação de prioridade foi estendida também para as Defesas Civis estaduais, visando a agilidade na aplicação das multas pecuniárias em ações coletivas.

Diante da gravidade dos incêndios e das suspeitas de ações criminosas por trás deles, o país enfrenta um desafio urgente para conter essa onda de destruição e proteger nossas florestas. A mobilização dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário é fundamental para garantir a punição dos responsáveis e a preservação do meio ambiente.

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