POLÍTICA – Presidente Lula se compromete a retomar negociações para reconstrução da BR 319, respeitando a preservação ambiental na Amazônia.

O compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a retomada das negociações para a reconstrução da BR 319, que liga Manaus a Porto Velho, é um marco importante nesta terça-feira (10). A pavimentação dessa rodovia tem sido alvo de polêmicas há décadas devido à sensibilidade ambiental da floresta amazônica que ela atravessa.

Durante sua visita à Aldeia Kainã, do povo munduruku, em Manaquiri, no Amazonas, Lula ressaltou a importância de garantir que não haverá desmatamento ao longo da rodovia. O presidente destacou que é fundamental pactuar com o estado e a Federação para evitar práticas prejudiciais ao meio ambiente, como desmatamento, grilagem de terras, incêndios e criação de gado desnecessária.

Lula também fez questão de desfazer mal-entendidos e afirmou que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, não é contra a construção da BR 319. Ele ressaltou que a rodovia foi iniciada nos anos 70 e abandonada por falta de cuidado, tornando-se inutilizada em sua maior parte.

Além disso, o presidente ressaltou a importância de atender às demandas internacionais por preservação da Amazônia, destacando a necessidade de desenvolver a região de forma sustentável. Lula enfatizou a vontade do governo em utilizar a Amazônia como um patrimônio do país, explorando sua biodiversidade de maneira responsável para proporcionar benefícios às comunidades locais.

As negociações para a retomada das obras da BR 319 envolverão diversos ministérios do Executivo federal, governos locais, parlamentares e demais entidades necessárias. O objetivo é garantir o desenvolvimento da região de maneira responsável, sem prejudicar o meio ambiente.

Além disso, durante sua visita ao Amazonas, Lula também discutiu medidas para combater a seca na região, que tem afetado grande parte dos municípios amazonenses. Ele anunciou investimentos em obras de dragagens nos Rios Amazonas e Solimões, visando garantir a navegabilidade segura e o escoamento de insumos para minimizar os impactos da estiagem.

Essas ações fazem parte dos esforços do governo em resposta à pior seca enfrentada pela Amazônia em 45 anos, demonstrando o compromisso em cuidar tanto da infraestrutura regional quanto do meio ambiente.

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