Eurípedes é acusado de desviar fundos partidários e eleitorais do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), partido que se fundiu ao Solidariedade no ano passado, durante as eleições de 2022. O ex-presidente do Pros, Marcus Vinicius Chaves de Holanda, afirma que Eurípedes desviou cerca de R$ 36 milhões do partido.
A investigação apontou Eurípedes como líder de uma organização criminosa que também inclui sua esposa, filhas, irmão, cunhada, primo e esposa do primo. A defesa do presidente do Solidariedade alega sua total inocência e confia em provar a insubsistência das acusações perante a Justiça.
Em comunicado, o Solidariedade informou que Eurípedes pediu licença do comando do partido por tempo indeterminado. O deputado federal Paulinho da Força, vice-presidente da legenda, assumirá o comando nacional do partido durante a ausência de Eurípedes.
A Operação Fundo do Poço, deflagrada pela Polícia Federal na quarta-feira (12), realizou sete prisões preventivas, 45 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, em Goiás e São Paulo. No mesmo dia, a Justiça Eleitoral do DF bloqueou R$ 36 milhões e 33 imóveis relacionados ao caso.
A defesa de Eurípedes informou que, após se licenciar do cargo de dirigente partidário, ele se entregou voluntariamente à Polícia Federal para cumprir o mandado de prisão preventiva. Os advogados afirmam que ele provará sua inocência perante a Justiça e questionarão os motivos de sua prisão.