Motta, em um comunicado, elogiou a competência e a dedicação de Tuca, afirmando que ela desempenhou um papel fundamental na melhoria dos sistemas de rastreamento das emendas parlamentares. Segundo o presidente, a servidora é uma profissional comprometida com a gestão pública e a sua integridade deve ser respeitada até que se prove o contrário.
As investigações que envolvem Tuca foram autorizadas pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal. O foco da apuração remete a acusações de que a servidora teria atuado na liberação de emendas de forma irregular, fazendo uso de ordens para explorar o potencial do orçamento secreto. Motta, ao se posicionar, enfatizou que não encontrou elementos que comprovem desvio de verbas públicas, embora tenha ressaltado a importância de que qualquer irregularidade seja devidamente investigada.
Ele também fez questão de diferenciar a simples indicação de emendas parlamentares — que não possuem caráter impositivo — da execução real dos recursos. Para ele, a correta aplicação dos recursos públicos deve ser rigidamente monitorada pelos órgãos competentes, garantindo que haja responsabilidade na gestão dos mesmos.
As investigações tiveram início a partir dos depoimentos de seis parlamentares e de uma servidora, que alegaram que Tuca teria encaminhado ordens da Presidência da Câmara para assegurar a liberação de emendas, especialmente voltadas para o estado de Alagoas. A análise das práticas de Tuca revela uma trajetória ligada a posições estratégicas, sempre sob incentivo de Lira, o que levanta suspeitas sobre um suposto esquema de manipulação na distribuição das verbas.
Além disso, a PF se viu compelida a solicitar a quebra de sigilo telemático de Tuca e, diante da falta de evidências numéricas ou digitais que sustentassem suas operações, optou pela realização das buscas. As evidências coletadas indicam uma atuação sistemática na organização do orçamento secreto, levando Dino a emitir alertas sobre a necessidade de um acompanhamento mais rigoroso das práticas adotadas na gestão dos recursos públicos.
Com os depoimentos e as investigações em andamento, a situação provoca discussões sobre a necessidade de maior transparência e rigor no trato das emendas parlamentares e do orçamento público, a fim de evitar que retornos semelhantes ao passado voltem a surgir na administração pública.










