Segundo o despacho de Moraes, o ex-presidente teria utilizado redes sociais de terceiros para se comunicar com seus apoiadores, uma ação que fere as proibições impostas por essas medidas cautelares. No dia anterior à operação, durante manifestações de apoio em várias partes do Brasil, o senador Flávio Bolsonaro publicou um vídeo em suas redes sociais no qual o ex-presidente aparece discursando, o que chamou a atenção das autoridades.
Ainda conforme a decisão do ministro, não apenas Flávio, mas também Carlos e Eduardo Bolsonaro compartilharam postagens nas suas redes sociais que incluíam mensagens de agradecimento do pai aos seguidores que estiveram presentes nos atos de apoio. Esse compartilhamento foi considerado uma flagrante violação das restrições determinadas, já que o conteúdo não só incentivava ataques ao STF, como também remetia a apoios a ingerências externas no Judiciário.
Moraes, em sua análise, enfatizou que as ações de Bolsonaro e de seus filhos configuraram uma clara tentativa de burlar as restrições impostas a ele. O ministro de forma categórica declarou que não restam dúvidas sobre o descumprimento das diretrizes impostas à sua conduta.
Com a nova ordem judicial, além da prisão domiciliar, Jair Bolsonaro passa a enfrentar uma série de restrições adicionais. A proibição de receber visitas, exceto de seus advogados, e a vedação ao uso de celulares, mesmo de terceiros, foram as principais determinações que visam limitar ainda mais suas ações fora do contexto judicial.
Essas movimentações no campo legal geram um clima de incerteza e expectativa, não apenas para o ex-presidente, mas também para a política brasileira como um todo, refletindo a tensão entre o Poder Judiciário e figuras que desafiam suas diretrizes.
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