O relatório de inteligência da Operação Contragolpe, deflagrada nesta terça-feira (19), resultou na prisão de cinco militares envolvidos na conspiração para impedir a posse de Lula e do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin. Durante a investigação, a PF encontrou um arquivo de word intitulado “Punhal Verde e Amarelo”, que detalhava planos de sequestro ou homicídio do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, além de Lula e Alckmin.
O documento descrevia um planejamento com características terroristas, incluindo o uso de explosivos, arma pesada e envenenamento para neutralizar os políticos. A PF destacou a violência das ações planejadas, incluindo a possibilidade de morte de militares envolvidos.
Segundo a investigação, o documento foi impresso no Palácio do Planalto por Mário Fernandes e levado posteriormente para o Palácio da Alvorada, residência oficial de Jair Bolsonaro. O ex-presidente não foi citado como investigado no caso.
Até o momento, Jair Bolsonaro não se pronunciou sobre a operação da Polícia Federal, mas seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, declarou nas redes sociais que “pensar em matar alguém não é crime”. Ele também ressaltou que é autor de um projeto de lei que criminaliza atos preparatórios de crimes que impliquem lesão ou morte de três ou mais pessoas.
A Agência Brasil está tentando contato com a defesa do general da reserva Mário Fernandes para obter sua versão dos fatos. O espaço está aberto para manifestações sobre o caso.