POLÍTICA – Oposição ocupa plenários e paralisa trabalhos legislativos em protesto contra prisão de Bolsonaro, gerando reprimendas da base governista sobre ação considerada um “sequestro do parlamento”.

Na última terça-feira, um conflito se intensificou no Congresso Nacional quando deputados e senadores da oposição decidiram ocupar as mesas diretoras das duas casas. Essa ação, que teve como motivação a luta por uma anistia para condenados por tentativas de golpe e o pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, gerou forte repúdio entre os parlamentares que compõem a base de apoio ao governo.

O vice-líder da maioria, deputado Lindbergh Farias, não hesitou em classificar essa ocupação como um ato “inaceitável”, fazendo ali uma comparação contundente ao que ocorreu no dia 8 de janeiro. Em suas declarações, Farias enfatizou que “ninguém pode parar pela força a atividade parlamentar” e que esses atos representam um ataque direto às instituições democráticas do Brasil. Para ele, a obstrução é uma forma de chantagem que compromete a estabilidade do país e exige uma resposta imediata.

Diante da situação, Lindbergh revelou que conversou com o presidente da Câmara, Hugo Motta, que estava em compromissos na Paraíba, mas que já retornaria a Brasília em função da crise. Ele reforçou a necessidade de retomar o controle e a ordem no parlamento, fazendo alusão a um “sequestro do espaço legislativo”.

Além disso, os opositores não se contentaram apenas com a ocupação. Depois que a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro foi decretada, eles se instalaram nas mesas do Senado e da Câmara, afirmando que permanecerão ali até que suas demandas sejam atendidas. O pedido de uma anistia ampla e irrestrita, bem como o fim do foro privilegiado para Bolsonaro, são centrais neste movimento.

Parlamentares da base governista, como Pedro Campos e Tarcísio Motta, foram rápidos em exigir punições para os colegas que infringiram as regras do regimento interno, evidenciando a impossibilidade de obstruir votações essenciais ao país. Campos lembrou que as pautas são definidas pelo Colégio de Líderes, que já havia rejeitado a inclusão da anistia para os envolvidos na tentativa de golpe.

Com essa crise em andamento, a discussão sobre pautas relevantes, como a isenção do imposto de renda para quem ganha até cinco salários mínimos, ganha novo impulso no debate. Lindbergh e outros integrantes da base governista enfatizam que o Brasil requer urgência em soluções legislativas que beneficiem a população, ao passo que figuras da oposição buscam redirecionar os esforços para interesses pessoais.

A deputada Erika Hilton destacou que o que se observa é um intento de priorizar interesses de uma única pessoa à frente das necessidades do povo. Esse episódio ressalta a tensão política atual e a necessidade de um comprometimento claro com os valores democráticos.

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