POLÍTICA – Oposição no Congresso ocupa mesas diretoras em protesto contra prisão domiciliar de Bolsonaro e exige anistia e impeachment de Alexandre de Moraes.

Após a decisão, anunciada no dia 4 de outubro, que resultou na prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, um movimento significativo começou a se formar no Congresso Nacional. Na terça-feira, dia 5, membros da oposição tomaram as mesas diretoras do Senado e da Câmara, demonstrando claramente seu descontentamento com a situação política atual. Essa ação foi definida como um protesto contra aquilo que consideram uma perseguição política e injusta, especialmente após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os parlamentares que participaram da ocupação afirmaram que não se retirarão dos locais até que suas demandas sejam atendidas. Entre as solicitações, está a anistia ampla para os condenados por tentativa de golpe de Estado, bem como o pedido de impeachment de Moraes. Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente e atual senador, argumentou que essas exigências visam “pacificar” a nação, destacando o impeachment do ministro como uma prioridade.

O senador Rogério Marinho, líder da oposição no Senado, mencionou a dificuldade de diálogo com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Ele expressou a frustração da oposição, que considera que suas reivindicações não estão sendo devidamente ouvidas. “Estamos prontos para obstruir as sessões e garantir que a nossa voz seja ouvida”, afirmou.

Além das exigências de anistia e do impeachment de Moraes, a oposição também pleiteia a votação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para eliminar o foro privilegiado, o que, se aprovado, significaria que Bolsonaro seria julgado pela primeira instância, e não mais pelo STF. Apesar de proclamarem estar em busca da paz, líderes oposicionistas admitiram que estão prontos para a luta, afirmando que não haverá reconciliação sem a consideração de suas propostas.

O vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes, se comprometeu a incluir o projeto de anistia na pauta, desde que o presidente Hugo Motta se ausente do país. “Assim que eu assumir a presidência, levarei a anistia à votação. Esta é a única forma de pacificar o país”, disse Côrtes.

Enquanto isso, Jair Bolsonaro enfrenta um desafio legal considerável. Além da prisão domiciliar, ele está sob investigação por diversas acusações ligadas a um suposto golpe de Estado. Supostamente, Bolsonaro pressionou oficiais militares para interromper as eleições que o derrotaram, e há também investigações sobre planos para agredir autoridades públicas. Ele nega todas as acusações.

A crise política se intensifica, refletindo divisões profundas no país, enquanto figuras chave, como Motta e Alcolumbre, ainda não se pronunciaram sobre os recentes acontecimentos. O clima no Congresso continua tenso, enquanto a oposição promete firmeza em suas demandas.

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