POLÍTICA! Operação Discalculia: Deputado Gustavo Gayer Alvo da PF por Suspeita de Desvio de Recursos e Fraude em OSCIP



Na manhã desta sexta-feira (25), o cenário político brasileiro foi abalado pela deflagração da Operação Discalculia, conduzida pela Polícia Federal e que tem como alvo o deputado federal Gustavo Gayer, do Partido Liberal de Goiás. Com mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), essa operação visa investigar uma alegada rede criminosa envolvida em desvios de recursos públicos, falsificação de documentos e a criação irregular de uma Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP).

O nome da operação, Discalculia, faz referência a um transtorno de aprendizagem relacionado a números, uma escolha que se justifica pelas supostas irregularidades encontradas na ata de constituição da OSCIP em questão. Documentos analisados pela PF indicam que esta ata foi falsificada, contendo uma data retroativa a 2003. Em uma revelação que aumenta a suspeita de fraude, descobriu-se que, na época indicada, o quadro social da organização incluía crianças de apenas 1 a 9 anos, tornando-se impraticável sua participação de forma legal e formal.

A ação policial envolveu cerca de 60 agentes da PF, que cumpriram 19 mandados de busca e apreensão em diversos locais, incluindo Brasília e várias cidades do estado de Goiás. Entre os locais de busca estavam a residência de Gustavo Gayer e seu gabinete parlamentar. Durante a operação, foram confiscados celulares, discos rígidos e documentos na casa do deputado. Em um desdobramento que levanta ainda mais questionamentos, R$ 72 mil em espécie foram encontrados na residência de um de seus assessores.

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o deputado Gayer não hesitou em criticar duramente a ação policial, dirigindo suas acusações especialmente ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, a quem atribuiu a responsabilidade pela ordem de busca e apreensão. Em suas declarações, Gayer descreveu os policiais como “jagunços de um ditador” e argumentou que a operação tinha como objetivo prejudicar Fred Rodrigues, candidato de sua preferência à prefeitura de Goiânia. O parlamentar classificou a operação como um atentado à democracia.

A Polícia Federal investiga possíveis crimes de associação criminosa, peculato-desvio, falsidade ideológica e falsificação de documentos particulares, focando na suspeita de que a OSCIP foi montada para canalizar verbas parlamentares em benefício do círculo próximo a Gayer. A análise dos materiais apreendidos pretende esclarecer a magnitude do esquema e o envolvimento de cada suspeito.

Até o momento, a assessoria do deputado não se manifestou formalmente sobre as investigações, mas Gayer, em sua defesa pública, afirmou que nunca cometeu qualquer crime e destacou que está sendo tratado como um criminoso pela Polícia Federal e pelo ministro Moraes, defendendo sua inocência com veemência. O caso continua a suscitar debates intensos, refletindo as complexidades e tensões do cenário político brasileiro atual.

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