A convocação do ex-ministro estava aprovada desde o dia 20 de junho, e apesar de ser uma das principais demandas da oposição, o depoimento de Gonçalves Dias já estava previsto no plano de trabalho da relatora senadora Eliziane Gama.
Vale ressaltar que o ex-ministro pediu demissão do GSI após a divulgação de imagens em que ele aparecia dentro do Palácio do Planalto no dia da invasão ocorrida em 8 de janeiro. A divulgação das imagens foi um fator determinante para o governo apoiar a criação da CPMI, com o objetivo de evitar que a responsabilidade dos atos golpistas fosse transferida para o governo federal.
De acordo com argumentos apresentados por deputados e senadores da oposição, existe a suspeita de que o ex-ministro tenha se omitido durante a invasão do Palácio do Planalto. O deputado federal Delegado Ramagem, autor do requerimento aprovado na Comissão, alega que a atuação de Gonçalves Dias pode caracterizar uma omissão, por não ter impedido a invasão.
O ex-ministro já prestou depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal em junho, quando negou as acusações de omissão e conivência. Segundo ele, no momento da invasão, ele estava desarmado e à paisana, e seu foco era retirar os invasores do Palácio do Planalto o mais rápido possível, sem confrontos.
O depoimento do general Gonçalves Dias é aguardado com grande expectativa, já que pode trazer informações importantes para a investigação dos atos golpistas ocorridos em janeiro. A CPMI busca esclarecer os acontecimentos e responsabilizar os envolvidos, visando a preservação da democracia e a segurança institucional do país.