Lewandowski mencionou o projeto de Lei Antifacção, atualmente em discussão na Câmara dos Deputados, que prevê a criação de um Banco Nacional de Informações sobre o Crime Organizado. O ministro expressou otimismo quanto à evolução dessa iniciativa, que, segundo ele, promoverá a criação de um banco regional de dados focado em criminosos, especialmente aqueles envolvidos em organizações criminosas.
A importância da integração foi também enfatizada por Enrique Escudero, ministro do Interior do Paraguai, que ressaltou a necessidade de uma abordagem inovadora e rápida para enfrentar as facções. Escudero, que assumirá a presidência do grupo de ministros de segurança pública do Mercosul, destacou que a cooperação entre os países do bloco é essencial para lidar com o crime organizado de forma eficaz.
O combate ao tráfico de pessoas foi ressaltado como uma questão urgente, com Lewandowski afirmando que o novo acordo de cooperação representa um avanço vital na luta contra esse crime, frequentemente direcionado a populações vulneráveis. Para ele, o instrumento de cooperação estabelecido permitirá ações mais efetivas contra esse flagelo que afeta toda a região.
Além da criação de uma comissão e de uma estratégia para enfrentar o crime organizado transnacional, os ministros assinaram uma declaração conjunta que aborda a segurança do corredor viário bioceânico, que conecta o Atlântico ao Pacífico, e sobre a vigilância de crimes que ameaçam o meio ambiente.
A secretária de Segurança Nacional da Argentina, Alejandra Montioliva, também se fez ouvir durante o evento, afirmando que nenhum país consegue combater o crime organizado sozinho. Ela defendeu a construção de uma resposta articulada entre as nações do Mercosul, enfatizando que a cooperação precisa ter viabilidade técnica e política para ser efetiva.
Lewandowski reforçou que os acordos de cooperação não são meras declarações de intenções, mas devem se transformar em ações práticas e programas que estão sendo elaborados em conjunto. O ministro paraguaio, por sua vez, destacou a necessidade de atualização contínua das autoridades, considerando a evolução das práticas do crime organizado, incluindo a cibercriminalidade, que se tornou um desafio contemporâneo significativo.
O tráfico de drogas também foi abordado, com preocupações sobre os impactos devastadores que esse problema causa nas vidas das pessoas em todo o continente, caracterizando-o como um dilema tanto de segurança quanto de saúde pública. A cooperação entre os países do Mercosul, portanto, é vista como um passo necessário e estratégico na busca por soluções efetivas para essas questões complexas.









