Além do ministro, o evento também contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, juntamente com outras autoridades. Durante seu discurso, Moraes, que é relator das investigações do 8 de janeiro no STF, destacou que, 1 ano após os ataques, a “democracia venceu, o Estado constitucional prevaleceu”. Ele também prometeu a punição dos vândalos envolvidos nos atos.
“Todos, absolutamente todos aqueles que pactuaram covardemente com a quebra da democracia e a tentativa de instalação de um Estado de exceção serão devidamente investigados, processados e responsabilizados na medida de suas culpabilidades”, afirmou o ministro.
Além disso, Alexandre de Moraes aproveitou sua participação no ato para defender a regulação das redes sociais como uma forma de combater a desinformação e atos antidemocráticos. Segundo ele, a ausência de regulamentação e a inexistente responsabilização das plataformas, somadas à falta de transparência na utilização da inteligência artificial e dos algoritmos, possibilitaram a livre atuação do novo populismo digital extremista e de seus aspirantes a ditadores.
Já o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou que a depredação das sedes dos Três Poderes não foi um “caso isolado”, e avaliou os atos golpistas como precedidos de “anos de ataques às instituições”.
A cerimônia também contou com a participação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que defendeu a punição para quem praticou os atos contra a democracia. Ele ressaltou que cabe ao Ministério Público apurar a responsabilidade de todos e propor ao Judiciário os castigos merecidos como forma de prevenir que o passado lamentável não ressurja recrudescido.
Este acontecimento levanta importantes questionamentos sobre a necessidade de medidas para combater a desinformação, a criação de leis para regulamentar o uso das redes sociais, assim como a importância de responsabilizar aqueles que buscam desestabilizar a democracia e as instituições do país. A declaração e o comprometimento das autoridades envolvidas reforçam a necessidade de ações concretas para preservar os pilares democráticos e garantir a estabilidade institucional.