Em uma crítica direta ao ex-presidente Donald Trump e a Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro que reside atualmente nos Estados Unidos, o ministro questionou as razões por trás das sanções direcionadas à sua filha e implicou a família Bolsonaro no que classificou como uma orquestração diplomática maliciosa. Ele sugeriu que Eduardo Bolsonaro tem colaborado com autoridades americanas para pressionar o Brasil, especialmente o Supremo Tribunal Federal (STF), em um esforço para evitar o julgamento de seu pai por tentativas de golpe.
“O que justifica uma sanção contra uma criança de 10 anos? É necessário que o clã Bolsonaro forneça uma explicação não apenas para o Brasil, mas para o mundo inteiro”, declarou Padilha em uma entrevista à Globonews. A indignação do ministro se reflete na intensidade de suas palavras: “É uma atitude de covardia.”
Adicionalmente, Padilha criticou o que chamou de “escritório do lobby da traição” que, segundo ele, opera nos Estados Unidos, substituindo diplomáticas por ações que visam desestabilizar o país.
Nesta semana, o Departamento de Estado dos Estados Unidos também revogou vistos de outros funcionários brasileiros e vinculou essa decisão ao programa Mais Médicos, afirmando que essses servidores teriam contribuído para um “esquema de exportação de trabalho forçado” envolvendo médicos cubanos. Padilha, por sua vez, relembrou que foi ministro na criação deste programa durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff e enfatizou que sua filha, que não havia nascido na época, é uma vítima de uma disputa política.
Selvagens de indignação, ele levantou a questão de por que outros países, como a Itália — que mantém parcerias com médicos cubanos — não enfrentam sanções semelhantes. A disparidade das ações dos EUA contra o Brasil, especialmente em relação à sua família e ao seu trabalho, levantam questões sobre consistência e lógica política na diplomacia internacional.