POLÍTICA – Ministro da Fazenda pede consciência do Congresso ao discutir reoneração da folha de pagamento de empresas.

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu nesta segunda-feira (5) que o Congresso Nacional analise com consciência a Lei de Responsabilidade Fiscal ao discutir a medida provisória da reoneração da folha de pagamento de empresas consideradas grandes empregadoras. As declarações foram feitas na saída de um evento com economistas, na sede do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), no Rio de Janeiro.

A medida provisória editada pelo governo prevê a reoneração gradual de impostos em 17 setores da economia. No final do ano passado, o Congresso aprovou a prorrogação da isenção de impostos para essas empresas por mais 4 anos, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou a medida. Posteriormente, o Congresso derrubou o veto presidencial.

O tema é uma das prioridades do Congresso, que retoma as atividades nesta segunda-feira, após o recesso legislativo. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, tem defendido uma solução negociada para a MP da reoneração da folha.

Para o governo, a volta da oneração é um dos caminhos para aumentar a arrecadação e perseguir a redução do déficit público. Haddad explicou que a decisão dos parlamentares precisa estar de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal e que qualquer gesto do Congresso na direção de um setor da economia deve ser compensado por medidas que equilibrem o orçamento. Ele também ressaltou que há abertura no governo para ajustes caso o Congresso entenda que há outras alternativas a serem consideradas.

“Nós vamos sentar com os líderes e abrir os números. O importante, neste momento, é que o Congresso tome consciência dos números do orçamento aprovado ano passado. Precisamos que qualquer gesto do Congresso na direção de um setor da economia seja compensado por medidas que equilibrem o orçamento.

Nós temos que ter essa clareza de que tem uma lei complementar à qual as leis ordinárias estão subordinadas. É o caso da LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias], é o caso da Lei Orçamentária”, afirmou o ministro.

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