Durante a audiência, houve questionamentos sobre algumas questões do exame que supostamente associavam o agronegócio brasileiro ao desmatamento, à exploração de trabalhadores do campo e à invasão de terras indígenas. O ministro defendeu que a comissão responsável pela prova foi selecionada em 2020, durante o governo anterior, e que os itens foram criados em 2021, negando qualquer influência do atual governo na elaboração das questões.
Santana também abordou a questão da prova que citava o agronegócio como uma questão de interpretação de texto, elaborada a partir de um livro, destacando que a interpretação era o foco da questão e não a concordância ou discordância com o tema.
Em relação ao setor agropecuário, o ministro assegurou que o governo atual não tem preconceito contra o agronegócio, ressaltando que o governo do presidente Lula foi o que mais apoiou o setor na história do país. Ele destacou a importância do setor para a economia brasileira e mencionou o lançamento do Plano Safra, o maior da história do país, como uma prova do apoio ao setor.
Além disso, Santana enfatizou a preocupação do governo com a questão ambiental e o combate ao desmatamento, enfatizando que o respeito ao meio ambiente e o crescimento econômico do agronegócio são compatíveis. Ele defendeu que as mudanças climáticas em andamento nos estados são resultado da reação da natureza e que o crescimento econômico pode coexistir com a proteção e respeito ao ambiente no país.
Diante dos questionamentos e suspeitas levantadas pelos parlamentares, o ministro da Educação reiterou o compromisso do governo com a imparcialidade e adequação das questões do Enem, garantindo que não haveria qualquer interferência política ou ideológica nas provas do exame.