Os órgãos envolvidos reiteraram que qualquer decisão futura será discutida internamente, bem como com os poderes Executivo e Legislativo. Além disso, o Ministério do Planejamento e Orçamento se comprometeu a apoiar o IBGE através da Lei Orçamentária Anual (LOA) para a formulação do Censo Agropecuário, Florestal e Aquícola, uma das pesquisas mais relevantes do Instituto, garantindo recursos para 2025.
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do IBGE (ASSIBGE) considerou a suspensão temporária da criação da Fundação IBGE+ uma vitória da mobilização dos trabalhadores e da sociedade civil. A entidade destaca a importância de a direção do IBGE esclarecer o significado exato de “suspensão temporária” e garantir a participação dos servidores na discussão sobre o arranjo institucional que será buscado com os poderes Executivo e Legislativo.
Uma reunião com a presidência do IBGE está marcada para 4 de fevereiro, onde a ASSIBGE pretende cobrar mais esclarecimentos sobre o assunto. O sindicato também manifestou discordância com qualquer proposta que mantenha os riscos institucionais associados à “IBGE+”. A entidade realizou um ato em frente à sede do IBGE, no Rio de Janeiro, para protestar contra as ações do presidente do instituto, Márcio Pochmann, especialmente a criação da fundação de direito privado.
A suspensão temporária da Fundação IBGE+ é vista como um passo importante, mas a ASSIBGE ressalta que ainda é necessário resolver a crise institucional enfrentada pelo Instituto, marcada por decisões autoritárias da direção e medidas antissindicais. O diálogo e a transparência são apontados como fundamentais para a construção de um futuro mais estável para o IBGE.