O conteúdo em questão envolve transmissões ao vivo e publicações realizadas por Marçal em seu perfil no Instagram, onde expressou acusações severas contra o também candidato José Luiz Datena. As palavras do influenciador, que incluem ofensas como “agressor de mulheres” e “assediador sexual”, foram consideradas extremamente pesadas e potencialmente prejudiciais à imagem de Datena. Ele também insinuou a veracidade de um suposto caso de assédio, alegando que Datena teria “comprado o silêncio de uma menina”. Tais declarações, proferidas em setembro de 2024, foram vistas pelo MPE como uma tentativa de deslegitimar o concorrente e, portanto, direcionadas com o claro intuito eleitoral.
O promotor Cleber Masson explica que, além do conteúdo das ofensas, a forma como foram disseminadas também agrava a situação. As acusações foram feitas em meio a uma campanha eleitoral, o que, segundo o MPE, configura não apenas crimes de injúria e difamação, mas também eleva a pena prevista. A intenção da denúncia é buscar uma condenação para Marçal, além de requerer que a Justiça determine uma compensação financeira por danos morais causados à vítima.
Até o fechamento desta reportagem, a assessoria de Pablo Marçal não havia se manifestado sobre as acusações, tornando ainda mais incerta a reação do influenciador em um período já tumultuado pelas disputas eleitorais. A situação lança um olhar crítico sobre o papel das redes sociais na política e a responsabilidade dos candidatos na forma como se comunicam e interagem publicamente.
