De acordo com dados do próprio Ministério, houve um aumento significativo no número de secretarias de políticas para as mulheres nos municípios do país, passando de 258 em 2023 para 1.045 em 2024. Esse crescimento demonstra a importância e a relevância que o tema da igualdade de gênero vem ganhando no cenário político municipal.
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, ressaltou que a criação de secretarias de Políticas para as Mulheres deve ser uma prioridade para as 728 prefeitas que assumiram seus cargos no início do ano. Ela destacou também a importância de garantir recursos para custear políticas de combate à violência contra as mulheres e para fomentar iniciativas de geração de trabalho, emprego e renda, que são demandas expressas pelas gestoras municipais.
Um dos exemplos citados durante o evento foi o da prefeita Moema Gramacho, que em 2005 criou a primeira secretaria de Políticas para Mulheres na cidade de Lauro de Freitas, na Bahia. Para Moema, é fundamental que as políticas públicas promovam a independência e autonomia das mulheres, contribuindo para a redução da violência de gênero.
Outra prefeita que compartilhou sua experiência durante o encontro foi Lucijane Freires Alencar, de Mozarlândia, em Goiás. Ela ressaltou a importância da presença das mulheres na política, destacando a visão diferenciada e empática que as gestoras podem trazer para as decisões políticas.
Apesar dos avanços, as mulheres continuam sub-representadas na política brasileira. Nas últimas eleições municipais, apenas 13% das cidades elegeram prefeitas, e o número de vereadoras eleitas ainda é significativamente menor do que o de homens eleitos para esse cargo. Esse cenário reforça a importância de iniciativas como o Movimento Mulheres Municipalistas, que promove a articulação e a participação política das mulheres nos municípios.
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