Entre os candidatos que se declararam por cor e raça, os brancos lideram com 45,64%, seguidos por pardos com 41,34% e pretos com 11,39%. No entanto, uma análise mais aprofundada mostrou que os candidatos declarados indígenas tiveram um aumento na participação, passando de 2.172 registros em 2020 para 2.479 registros em 2024, um crescimento de 14,13%.
Pela primeira vez, os candidatos puderam declarar seu pertencimento étnico, revelando 176 etnias diferentes entre os indígenas registrados. Em relação ao gênero, 63,25% dos candidatos indígenas são homens e 36,75% são mulheres. O estudo ressaltou a importância da representatividade indígena nas eleições, apesar dos desafios enfrentados por esses candidatos em cargos executivos.
O estado de Roraima se destaca com a maior proporção de candidaturas indígenas, sendo 7,10% do total. O aumento geral no número de candidaturas reflete um maior engajamento político das comunidades indígenas em todo o país. No entanto, a representatividade indígena em cargos executivos ainda é limitada, segundo o Inesc.
Em relação ao alinhamento político, 41,87% dos candidatos indígenas estão afiliados a partidos de direita, enquanto 40,42% são de partidos de esquerda. A diversidade de perspectivas políticas dentro das comunidades indígenas se reflete na distribuição dos partidos. A discussão sobre os direitos ambientais e a proteção dos territórios indígenas ainda são temas importantes para esses candidatos.
No total, 69.602 cargos municipais estão em disputa nas eleições deste ano, com mais de 155,91 milhões de eleitores aptos a votar. Com uma representatividade crescente, as candidaturas indígenas buscam trazer suas demandas e necessidades para a esfera política, enfrentando desafios como o racismo e a violência política de gênero. O cenário eleitoral de 2024 promete ser marcado pela diversidade e pela representatividade das diferentes etnias presentes no país.