A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também participaram do encontro, onde abordaram temas cruciais para o andamento das políticas públicas. Em declarações feitas posteriormente a jornalistas, Gleisi destacou a importância dos projetos a serem discutidos, enfatizando que são questões que impactam diretamente a vida dos cidadãos.
Um dos principais tópicos da reunião foi o projeto de reforma do Imposto de Renda, que tem previsão de ir a votação na Câmara. O projeto, de autoria do deputado Arthur Lira, propõe isentar os rendimentos até R$ 5 mil e instituir uma redução parcial para aqueles que recebem entre R$ 5 mil e R$ 7.350. Para compensar essa diminuição na arrecadação, o governo sugere uma alíquota progressiva que pode chegar a 10% sobre rendimentos superiores a R$ 600 mil anuais, ou R$ 50 mil mensais. Especificamente, a alíquota máxima se aplicará para rendimentos de R$ 1,2 milhão por ano (cerca de R$ 100 mil mensais), além de tributar em 10% os dividendos enviados ao exterior.
Outro tema discutido foi a Medida Provisória 1303, que visa aumentar a tributação sobre setores de alta renda, como fintechs e bancos. A proposta também inclui mudanças na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, visando contabilizar o programa Pé-de-Meia no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Além disso, a medida busca implementar um controle mais rigoroso sobre o cadastramento de pescadores artesanais que recebem o seguro-defeso, um benefício em períodos de defeso.
Por fim, a ministra destacou que a questão da anistia e a proposta relativa à dosimetria das penas para condenados na recente crise política não estão na pauta atual do governo, sinalizando que esse tema não possui relevância para as discussões imediatas. Assim, enquanto o governo se prepara para enfrentar um fim de ano legislativo desafiador, as articulações continuam a ser fundamentais para o avanço das questões prioritárias no Congresso.