Lula evidenciou a relevância do envolvimento dos Estados Unidos nas negociações, lembrando que o país é uma das nações mais ricas do mundo, mas que também tem sido um dos grandes poluidores da história. “Como é que não vai participar?”, questionou Lula, ressaltando a responsabilidade dos países desenvolvidos na busca por soluções para o aquecimento global e suas consequências devastadoras.
A COP30 terá como foco a discussão sobre medidas para limitar o aumento da temperatura global, consequência da queima de combustíveis fósseis e outras atividades que contribuem para as mudanças climáticas. O presidente brasileiro aponta que o Brasil, sob sua liderança, buscará avançar nas negociações para garantir que as nações mais ricas ajudem no financiamento de uma transição energética justa para os países em desenvolvimento, que enfrentam os piores impactos das mudanças climáticas.
Lula também comentou sobre o polêmico projeto de lei que flexibiliza o licenciamento ambiental, aprovado recentemente pelo Senado. Ele afirmou que o projeto será debatido na Câmara dos Deputados e lembrou que possui o direito de vetá-lo caso julgue necessário, embora reconheça que o veto pode ser derrubado pelo Congresso. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, tem expressado críticas contundentes ao projeto, advertindo que a agilização das licenças ambientais pode comprometer a legislação ambiental do Brasil em um momento crítico de necessidade de proteção do ecossistema.
Além de discutir tópicos ambientais, Lula está em viagem à França para fortalecer as relações comerciais entre os dois países, anunciando um potencial investimento de R$ 100 bilhões por empresários franceses no Brasil até 2030. Em meio a desafios globais, o governo brasileiro se prepara para um evento que promete ser um marco nas discussões sobre o clima, enfatizando a importância de uma diplomacia ambiental eficaz e a participação ativa de líderes mundiais.