Em sua fala, o presidente destacou que a América Latina é um continente livre de armas de destruição em massa e isento de conflitos étnicos e religiosos. Ele alertou sobre os potenciais danos que as intervenções estrangeiras podem trazer, afirmando que esses atos podem resultar em consequências muito mais sérias do que as intenções originais. “Estamos passando por um momento de crescente polarização e instabilidade”, observou.
Lula também ressaltou que a diplomacia brasileira busca criar laços de amizade e cooperação com os novos embaixadores, expressando uma visão voltada para o fortalecimento do multilateralismo. Ele manifestou a intenção de estabelecer relações cordiais e pacíficas, longe do ódio e do negacionismo, e em conformidade com os princípios da democracia e dos direitos humanos.
A questão da segurança na região foi abordada, especialmente após a maioria dos países latino-americanos e do Brasil expressarem preocupação em relação ao aumento da atividade militar extra-regional no Caribe, particularmente a movimentação de forças militares dos Estados Unidos em torno da Venezuela.
Em relação à sua administração, Lula mencionou a importância da política internacional e suas viagens a 37 países desde o início de seu terceiro mandato. Ele destacou eventos significativos que o Brasil irá sediar, como a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em novembro, e a Cúpula do Mercosul, marcada para dezembro.
Além disso, durante a cerimônia, foram credenciados representantes de diversas nações, incluindo El Salvador, Albânia e Tailândia, entre outros. Essa reunião, que normalmente ocorre em formato privado, foi realizada de maneira coletiva devido a agendas restritas. Lula explicou que a apresentação das cartas credenciais é um rito formal que permite ampliar a atuação dos diplomatas no país, ressaltando que a não aceitação dessas credenciais impede a realização de atividades oficiais.